Pensemos positivo, não é mesmo? Seria muito injusto um universo tão vasto sem NENHUM tipo de vida inteligente!
É isso mesmo: estou afirmando que nem aqui na Terra existe algum tipo de vida inteligente!!!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Professores do mundo inteiro: boas férias!!!
Tenho certeza de que vc, amigo professor, já ouviu algo do gênero:
- Que vida boa heim professor, férias duas vezes por ano!
Entendo perfeitamente que cada profissão carrega consigo suas especificidades, mas, poucos conhecem de fato o que vem a ser a rotina ou o fechamento de bimestre na vida de um professor.
Comecemos, pois, pela rotina:
- professor não tem direito a cinco minutinhos de atraso, já que não apenas seu chefe, mas cerca de cinqüenta pentelhos estão a fiscalizar o deslize;
- professor não tem direito a ficar preso no trânsito, colidir o automóvel em horário de expediente, ir a funeral de familiares e tantos outros acontecimentos socialmente aceitos em qualquer outra profissão;
- professor não tem direito a “piriri” no meio da aula. Seu corpo tem que funcionar como uma máquina e programar-se para “dar pau” somente nos intervalos, isso se algum aluno, que conversou a aula inteira, não abiscoitar-lhe esse tempo tirando preciosas dúvidas, já que quando vc estava lá, explicando o conteúdo, ele estava oferecendo a orelha pra pinico de algum outro vagabundo;
- Professor não atende celular durante a aula;
- professor é exemplo de virtude, honra e honestidade! Bah! Coisa mais chata isso! Alunos, pais, administradores de escola, todos eles acham que professor tem que ser exemplo. Discordo. Professor é gente e, não importa qual tenha sido sua formação, está sujeito às intempéries do tempo, da vida, das conjecturas e assim, tem o direito de saracotear, transar, chorar, esbravejar, perder as estribeiras, embebedar-se etc., principalmente etc. Mas, é muito duro, duro mesmo, viver sob essa pressão;
- Professor não tem direito a dar aquela enroladinha básica durante o expediente. Sabe, aquele pessoal que trabalha em escritório, por exemplo, que pode ficar no banheiro por mais de meia hora sem que ninguém perceba, conversar sobre a vida com os demais companheiros durante o horário de trabalho, telefonar para a mãe a fim de desabafar sobre o chefe ou namorado? Então, professor dá uma aula atrás da outra, geralmente em pé, pq muitas escolas acharam mais profissional retirar da sala de aula a mesa e a cadeira do professor, que passou a depositar seu material no chão da sala de aula – bem, sobre esse assunto não vou discorrer aqui, pq é pauta de um outro baita desabafo!
E assim decorre o tempo. De bimestre em bimestre a vida vai, como se não houvesse vida, só trabalho, já que nos horários em que o professor não dá aula, está atolado em uma burocracia infinita, que lhe subtrai dos almoços em família, do teatro, do cinema, da balada, dos filhos, dos amigos, dos animais de estimação e até de si mesmo...
Enfim, chegam as férias. Mas antes do sagrado mês, vc tem que corrigir as provas em prazos inimagináveis, como por exemplo, de um dia para outro. Tem também que digitar as notas, afinal, substituímos os diários pelos arquivos eletrônicos e isso já me deixa saudosa do mistério e do respeito que envolvia os diários dos meus mestres quando ainda era aluna. Tem que preencher a tal de DL 11, espécie de documento que indica os motivos que levou as pequenas antas que freqüentam a sala de aula a não atingirem média no bimestre. Tem também que fazer e corrigir as provas de recuperação e as substitutivas, sim, pois todos têm direito a uma segunda chance!
Bem, vc deu conta. Trabalhou como um touro e venceu! Amanhã vc não precisa ir para o trabalho! Logo no primeiro dia é difícil se livrar da rotina. Tudo o que vc consegue é dormir até mais tarde, apenas para ir colocando o sono em dia.
Tem então a nefasta ideia de verificar seus e-mails. Percebe que há um de sua escola. Ingenuamente acredita que seja um desejo de boas férias... Ledo engano... Tratam-se de cobranças para o próximo bimestre!
Vc se invade de revolta e percebe que não somos nada além das peças de uma engrenagem. Ninguém está nem aí para seu esforço para cumprir os prazos e entregar tudo em dia, para que alunos e familiares possam receber seus boletins e comemorarem ou não, as constatações nele expressas. Ninguém quer saber que seu corpo exausto até adoeceu e que nem assim vc fugiu da raia. Ninguém pode perder um segundo de sua vida apenas para desejar-lhe “boas férias”.
Talvez seja muito sentimentalismo de minha parte, mas que se foda. Sou sentimental mesmo e quero muito “mimimi”.
Então, meus bons amigos e companheiros de trabalho: boas férias!
E não se esqueçam nunca, jamais: “não sois máquinas, homens sois vós” (Charles Chaplin)
- Que vida boa heim professor, férias duas vezes por ano!
Entendo perfeitamente que cada profissão carrega consigo suas especificidades, mas, poucos conhecem de fato o que vem a ser a rotina ou o fechamento de bimestre na vida de um professor.
Comecemos, pois, pela rotina:
- professor não tem direito a cinco minutinhos de atraso, já que não apenas seu chefe, mas cerca de cinqüenta pentelhos estão a fiscalizar o deslize;
- professor não tem direito a ficar preso no trânsito, colidir o automóvel em horário de expediente, ir a funeral de familiares e tantos outros acontecimentos socialmente aceitos em qualquer outra profissão;
- professor não tem direito a “piriri” no meio da aula. Seu corpo tem que funcionar como uma máquina e programar-se para “dar pau” somente nos intervalos, isso se algum aluno, que conversou a aula inteira, não abiscoitar-lhe esse tempo tirando preciosas dúvidas, já que quando vc estava lá, explicando o conteúdo, ele estava oferecendo a orelha pra pinico de algum outro vagabundo;
- Professor não atende celular durante a aula;
- professor é exemplo de virtude, honra e honestidade! Bah! Coisa mais chata isso! Alunos, pais, administradores de escola, todos eles acham que professor tem que ser exemplo. Discordo. Professor é gente e, não importa qual tenha sido sua formação, está sujeito às intempéries do tempo, da vida, das conjecturas e assim, tem o direito de saracotear, transar, chorar, esbravejar, perder as estribeiras, embebedar-se etc., principalmente etc. Mas, é muito duro, duro mesmo, viver sob essa pressão;
- Professor não tem direito a dar aquela enroladinha básica durante o expediente. Sabe, aquele pessoal que trabalha em escritório, por exemplo, que pode ficar no banheiro por mais de meia hora sem que ninguém perceba, conversar sobre a vida com os demais companheiros durante o horário de trabalho, telefonar para a mãe a fim de desabafar sobre o chefe ou namorado? Então, professor dá uma aula atrás da outra, geralmente em pé, pq muitas escolas acharam mais profissional retirar da sala de aula a mesa e a cadeira do professor, que passou a depositar seu material no chão da sala de aula – bem, sobre esse assunto não vou discorrer aqui, pq é pauta de um outro baita desabafo!
E assim decorre o tempo. De bimestre em bimestre a vida vai, como se não houvesse vida, só trabalho, já que nos horários em que o professor não dá aula, está atolado em uma burocracia infinita, que lhe subtrai dos almoços em família, do teatro, do cinema, da balada, dos filhos, dos amigos, dos animais de estimação e até de si mesmo...
Enfim, chegam as férias. Mas antes do sagrado mês, vc tem que corrigir as provas em prazos inimagináveis, como por exemplo, de um dia para outro. Tem também que digitar as notas, afinal, substituímos os diários pelos arquivos eletrônicos e isso já me deixa saudosa do mistério e do respeito que envolvia os diários dos meus mestres quando ainda era aluna. Tem que preencher a tal de DL 11, espécie de documento que indica os motivos que levou as pequenas antas que freqüentam a sala de aula a não atingirem média no bimestre. Tem também que fazer e corrigir as provas de recuperação e as substitutivas, sim, pois todos têm direito a uma segunda chance!
Bem, vc deu conta. Trabalhou como um touro e venceu! Amanhã vc não precisa ir para o trabalho! Logo no primeiro dia é difícil se livrar da rotina. Tudo o que vc consegue é dormir até mais tarde, apenas para ir colocando o sono em dia.
Tem então a nefasta ideia de verificar seus e-mails. Percebe que há um de sua escola. Ingenuamente acredita que seja um desejo de boas férias... Ledo engano... Tratam-se de cobranças para o próximo bimestre!
Vc se invade de revolta e percebe que não somos nada além das peças de uma engrenagem. Ninguém está nem aí para seu esforço para cumprir os prazos e entregar tudo em dia, para que alunos e familiares possam receber seus boletins e comemorarem ou não, as constatações nele expressas. Ninguém quer saber que seu corpo exausto até adoeceu e que nem assim vc fugiu da raia. Ninguém pode perder um segundo de sua vida apenas para desejar-lhe “boas férias”.
Talvez seja muito sentimentalismo de minha parte, mas que se foda. Sou sentimental mesmo e quero muito “mimimi”.
Então, meus bons amigos e companheiros de trabalho: boas férias!
E não se esqueçam nunca, jamais: “não sois máquinas, homens sois vós” (Charles Chaplin)
Sonhos natalinos...
Celular... É ele! E aí, tudo bem? Tudo sim e com vc? Também... Que vc vai fazer hj? Descascar batatas e cebolas. Aff... Imagine meu perfume de recepção ao velho Noel! Rsrs. Então, desiste, passa o Natal comigo... Como assim? Me explica isso... Vem pra cá! Vc estará sozinho? Não, estarão todos aqui. Melhor não, Natal é coisa de família e sei bem o lugar que ocupo na sua vida... Que lugar? Não preciso te dizer, vc sabe melhor que eu... Mas então, muda isso e vem pra cá! Já disse que não posso. Natal é coisa de família e eu estarei com a minha... Silêncio. Saia justa... E o clichê de sempre: Feliz Natal.
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