terça-feira, 24 de maio de 2011

Ode à Ana


A, de “A mais bonita”!
Não te esqueças de mim,
Amorosa menina.

P de preta como uma coca-cola.
Radiante,
Estrela da minha vida!
Tu és
Amadinha!

Vai entender?


Estou confusa! A vida me fez mais forte do que eu gostaria. Os anos foram passando e as lágrimas secando. Esse processo não foi divertido. Mas fiz parecer que era!
Quanta tolice...
Hoje, mais firme que uma cordilheira, percebo que talvez não tenha feito a escolha certa. O mundo prefere os sentimentais e as sentimentalidades. Não perdoa aquele que silencia diante da dor e não chora nem no enterro do próprio pai.
A questão agora é: voltar ao que se era só para agradar ao mundo, baixar a guarda e permitir novamente que caguem em minha cabeça ou seguir nesse caminho solitário considerado socialmente errado?
Quem sabe a resposta?

"Divãneios"


- É que eu voltei a pensar nele...
- Naquela pessoa que te prometeu ser o pai dos seus filhos, mas que mal compareceu a um único encontro decente? Que te fazia passar a noite inteira com a bunda em um tamborete nesses bares imundos que você insiste em dizer que adora ficar? Ah! Me poupe!
- Espera aí! É pra isso que eu te pago? Para você me recriminar? Pra ficar jogando na minha cara detalhes sórdidos da minha vida?
- Ok! Pelos menos nisso concordamos: detalhes sórdidos de sua vida! Mas está bem. Diga-me: por que voltou a pensar nele?
- Sei lá. Ele simplesmente me vem. É como se ele fosse meu amigo imaginário e alguém com quem converso de tudo um pouco, o dia inteiro. Me sinto próxima dele. Sinto que ele sabe de tudo de mim, me aceita, me entende, assim... Como eu sou.
- Vou satisfazer seu desejo de pequena burguesa e considerar o fato de que você me paga, para te tratar com a devida sofisticação que o ambiente exige, ao invés de simplesmente te mandar à puta que te pariu! Vamos, me diga, que provas você tem de que ele te conhece, te aceita, te entende? Vocês não viveram NADA juntos! Passaram mais de mil horas mentindo um para o outro! Sim você mentiu para ele também!
- Eu sei! Eu sei! Mas vivemos algumas coisas juntos. Coisas boas e INESQUECÍVEIS! E ele sabia quando eu estava mentindo! E isso faz toda a diferença. Hoje eu posso mentir a vontade e ninguém desconfia. Não passo de uma droga de atriz encenando essa merda de vida que insisto em viver!
- Pronto! A garota entediada, que não gosta de viver, que sonha em se afogar em um penico, só porque tem preguiça de acordar cedo! Será que você não percebeu? Você não passa de uma covarde: sempre que o mundo te diz não, você recorre a ele. E de mais a mais, responda: por que você acha que ele é a sua redenção?
- Eu não acho. Tenho certeza de que ele é minha redenção. Exatamente porque tudo que vivemos, em minha imaginação, foi perfeito! Talvez eu seja um caso para internação...
- Talvez?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O casamento real


Não consegui ficar estéril a todo esse burburinho por conta do casamento real. Aliás, convenhamos: que saco foi aguentar a TV, a internet, os jornais, as revistas e até os sinais de fumaça tratando desse mesmo assunto!
Mas enfim. A que questão a que me proponho tratar não é o casamento real em si, mas por que ele causa todo frenesi.
Pois bem, creio eu, na minha simplicidade de olhar e concluir, que isso é decorrente de uma total ausência de demonstração de afeto e amor que ronda o mundo!
Vou explicar melhor, mas sem enrolação: quando os súditos estavam a contemplar o casal, não queriam discurso nem acenos, apenas um beijo e depois outro beijo!
O beijo! Demonstração maior de afeto e carinho entre duas pessoas, muito embora, para os mafiosos queira sinalizar a morte também, mas isso já é outra história.
Hoje, estamos acostumados às marias chuteiras, recuso-me a escrever seus nomes em letras maiúsculas! Às tchutchucas, às poposudas, às preparadas, às cachorras, às eguinhas pocotós, às descontroladas, às atoladinhas e sei lá mais que porras de “adjetivos” ainda hão de inventar para se referir a esse tipo de mulher que se multiplica a uma velocidade assustadora. Mulheres, por uma questão de educação referir-me-ei a elas dessa forma, que não querem saber de amor, de beijo, de envolvimento, mas de fama, sucesso, dinheiro do outro no seu bolso e conta bancária, nem que para isso ela tenha que oferecer o ventre e sacrificar a vida de um inocente.
Enfim, o povo pirou com o casamento real, porque ele simboliza justamente aquilo que ficou démodé: o amor!