sábado, 14 de janeiro de 2012

"Por você"

Já vou dizendo, a poesia desses escritos residem no seu final, em seu último e derradeiro parágrafo. Para nele chegar, pelo texto, é preciso passar! Então, lá vai... Éramos três. Cada qual com seu sonho e ilusão. Reunidas ali pelo acaso e descaso que a vida nos impôs. Apesar disso, nos divertíamos muito. Entre um drink e outro, claro, sempre entre um drink e outro, falávamos sobre tudo e nada! Assuntos randômicos que iam do nosso tempo de infância aos desencontros amorosos do presente, até que o assunto ficou mais musical, posto que o “Barão” na voz de Frejat começou a rolar. Ressuscitei trechos da música “Por você”. Apenas trechos, já que tenho esse defeitinho – nunca me lembro das canções em sua íntegra, muito menos o nome e menos ainda como os assuntos se concatenam. Faz parte do meu show, embora em certas ocasiões isso me irrite muito! “... Por você, eu viveria em greve de fome...” A cada trecho, uma elucubração, discutindo a possibilidade ou não da prova de amor. Até que, encasquetamos com um trecho final da canção, onde a jura de amor se torna sublime. Óbvio que nenhuma de nós foi capaz de lembrar lipsis literi o que Frejat realmente cantava: – Não, espera aí, é assim: eu amaria pra sempre a mesma mulher... - Acho que não, heim... Será que não é “viveria pra sempre com a mesma mulher”? Discussões a parte, decidimos ouvir a canção, em sua íntegra. E a reação, uníssona foi um profundo suspiro, seguido de um instantâneo silêncio arrematado por um “é, é foda”, assim que na canção ouvimos muito mais que amar, viver, beijar, sonhar. Ouvimos nada mais, nada menos algo que certamente nenhuma de nós chegou a viver: “desejaria todo dia a mesma mulher”... É. É foda!

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